
Jacson Miguel Stülp/Câmara de Santa Cruz
A Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Sul aprovou, por unanimidade, na segunda-feira, 9, o projeto de lei proposta por Edson Azeredo (PL) que confere ao antigo Santuário de Schoenstatt o status de patrimônio histórico municipal. A idéia é preservar a história do templo e garantir sua permanência como espaço de devoção e acolhimento para os fiéis. A transformação da proposição em lei ainda depende de sanção do prefeito Sérgio Moraes (PL).
O local possui grande importância religiosa para a cidade. Em 8 de dezembro de 1975, o Legislativo autorizou a doação do terreno onde hoje se encontra o Santuário Mãe e Rainha Três Vezes irável, conhecido anteriormente como o Santuário de Schoenstatt. O projeto contou com o esforço do então vereador Orlando Eurico Piazzera e recebeu aprovação unânime.
O Movimento Apostólico de Schoenstatt foi responsável pela construção da capela e pela sua consolidação como espaço de devoção e peregrinação. Em 1976, o então bispo diocesano Dom Alberto Etges afirmou sobre a iniciativa: “Uma árvore que está crescendo em nossa diocese. Essa árvore tem galhos bem grandes e certamente quer continuar a crescer. Por isso, não queremos impedir esse desenvolvimento, mas ir resolvendo cada coisa com muita calma”.
A trajetória do santuário foi marcada por eventos significativos, registrados em crônicas históricas. No dia 11 de dezembro de 1977, a capela foi consagrada oficialmente como santuário, em cerimônia conduzida por Dom Alberto Etges. Nos últimos anos, mudanças na istração do espaço geraram debates. Em setembro de 2021, foi criada a Associação Mãe e Rainha, que assumiu a gestão do local, garantindo sua manutenção e continuidade das celebrações. Atualmente, a programação inclui o terço dos homens às segundas-feiras, a oração das senhoras às quartas e a celebração da missa aos domingos.
O santuário também é um ponto de romaria, com registros de encontros que chegaram a reunir mais de 30 mil fiéis. Desde 2023, a Caminhada com Maria ocorre anualmente no primeiro domingo de dezembro, partindo do entroncamento da BR-471 com a RS-409 até a capelinha no Km 53. Além da relevância religiosa, a área foi cedida à Aesca (Associação Educacional Edeltraud Eggler Frantz), que mantém no local uma unidade de atendimento materno-infantil.