Saúde com a imprensa local – Foto: Fabrício Goulart
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A Prefeitura de Santa Cruz do Sul apresentou na última sexta-feira, 6, o balanço dos primeiros 60 dias do programa municipal Menos Fila, Mais Saúde. Os dados mostram que já foram realizadas 335 consultas pré-operatórias e 145 cirurgias de média complexidade. Os pacientes se encontram em recuperação ou já retornaram às suas atividades normais.
O programa foi iniciado há dois meses com o intuito de reduzir o tempo dos santa-cruzenses na espera por cirurgias pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Conforme o secretário de Saúde, Rodrigo Rabuske, a média complexidade, que é o foco do programa, tinha uma fila de cerca de 1,3 mil pessoas, com tempo médio de espera de três a quatro anos. Dentre os procedimentos estão cirurgias de vesícula, túnel do carpo e hérnia.
O secretário explicou que a iniciativa surgiu a partir de uma repactuação de contratos com os três hospitais do município – Santa Cruz, Ana Nery e Monte Alverne. Sem a necessidade de aporte de recursos extraordinários, o programa pôde ser viabilizado com a participação das instituições. O objetivo não é terminar com a fila, já que há novos pacientes necessitando de atendimento diariamente. O foco é no aguardado dos pacientes, um problema que atinge o SUS como um todo. “A partir do tempo que a pessoa espera dois ou três meses para fazer um procedimento, significa que a gente fez a nossa parte”, avaliou.
Alta complexidade
Durante o encontro com jornalistas, o secretário de Saúde abordou a necessidade de diminuir a fila de espera da alta complexidade, que não pode ser resolvida pelo município de forma isolada. Esses casos envolvem o Vale do Rio Pardo todo, necessitando uma mobilização regional.
Rabuske contou que o Executivo santa-cruzense possui um grupo de trabalho atuando junto ao Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) na busca por alternativas que atendam a alta complexidade. “Tivemos uma reunião há uns 20 dias. Foi determinado que todos os municípios fizessem uma depuração das filas”, lembrou.
O intuito é que, a partir de uma análise apurada, seja possível ter uma avaliação correta da situação da região, inclusive quanto ao número exato de pessoas que compõem a fila de espera. “A situação que tínhamos era de 1,3 mil pessoas também na região. Só em Santa Cruz do Sul era mais de 50%. Entendemos que de 700 a 800 pessoas da alta complexidade eram de Santa Cruz”, estimou.
